A escrava liberta
  Maria Felipa Oliveira foi uma figura icônica da resistência
    brasileira durante a independência, especialmente na Ilha de Itaparica, na
    Bahia.

Depois de seus feitos na guerra de independência da Bahia, encerrada em 2 de julho de 1823 com a derrota e retirada dos portugueses, ela continuou vivendo na ilha até morrer em 1873, com mais de 70 anos. Por seus feitos, é considerada como uma heroína da Independência.

Depois de seus feitos na guerra de independência da Bahia, encerrada em 2 de julho de 1823 com a derrota e retirada dos portugueses, ela continuou vivendo na ilha até morrer em 1873, com mais de 70 anos. Por seus feitos, é considerada como uma heroína da Independência.
  Como uma mulher negra, de liderança quilombola e pescadora, ela
    desempenhou um papel fundamental ao organizar e liderar um grupo de mulheres
    e homens que lutaram contra as forças portuguesas no início do século
    XIX. 

Sua atuação se destaca por sua capacidade de mobilizar pessoas comuns, usando táticas como o incêndio de embarcações portuguesas, impedindo a invasão da ilha de Itaparica.

Sua atuação se destaca por sua capacidade de mobilizar pessoas comuns, usando táticas como o incêndio de embarcações portuguesas, impedindo a invasão da ilha de Itaparica.
  Ainda há muita disputa a respeito da existência de Maria Felipa. 
 Independente disso, ela é importante do ponto de vista político porque
    representa a luta de mulheres negras que se organizaram de formas muito
    variadas - pegando em armas mas também auxiliando as tropas, passando
    informações - e participaram ativamente do processo de Independência.
A Praça Maria Felipa
      Antigamente denominada Praça Visconde de Cairu ou Praça Cairu, é uma praça
      localizada no Comércio, na Cidade Baixa em Salvador, no estado da
      Bahia. 
    
  
    Nela se encontra o Mercado Modelo, o Monumento à Cidade de Salvador e a
      estação inferior do Elevador Lacerda, como também o Terminal Náutico da
      Bahia, beirando a Baía de Todos os Santos e o Forte de São Marcelo mais ao
      fundo.
A Praça foi construída entre o fim do século XIX e início do século XX. O nome é em homenagem à Maria Felpa, heroína da Independência do Brasil na Bahia.

A Praça foi construída entre o fim do século XIX e início do século XX. O nome é em homenagem à Maria Felpa, heroína da Independência do Brasil na Bahia.
No local, encontram-se também uma estátua em homenagem à
      heroína baiana, inaugurada em julho de 2023, em meio as comemorações do
      Bicentenário da Independência da Bahia.

Maria Felipa é uma protetora da Ilha de Itaparica não apenas por seu papel nas batalhas, mas por simbolizar a resistência e o espírito de luta do povo.

Maria Felipa é uma protetora da Ilha de Itaparica não apenas por seu papel nas batalhas, mas por simbolizar a resistência e o espírito de luta do povo.
  Apesar de seu legado histórico muitas vezes ser marginalizado em registros
    oficiais, ele continua vivo através da memória coletiva, das tradições orais
    e do reconhecimento popular, principalmente nas comunidades locais da
    Bahia.
  Isso nos leva à reflexão sobre a importância das lógicas de registro de
    memória. 
  Nem todas as histórias estão escritas em livros, documentos oficiais ou
    esculpidas em estátuas. 
Muitas vezes, essas histórias são preservadas e
    transmitidas oralmente, nas celebrações culturais, nas músicas, nos contos e
    nas práticas comunitárias.
Casa de Maria Felipa de Oliveira
      A Casa de Maria Felipa é uma uma Empresa Familiar, como um dos
        atrativos do Projeto Curuzu, Corredor Cultural da Liberdade, localizada
        na Rua Curuzu, 197, Salvador, Bahia. Centro de Visitação, Estudos,
        Pesquisas e Empreendimentos Étnico-Culturais.
    
    
      Foi fundada em 20 de fevereiro de 2004, e inaugurada em 17 de dezembro
        de 2005. 
Tem como um dos principais objetivos  resgatar a memória
        da heroína negra. 
Nesta casa está sendo implantada uma exposição com o
        material pesquisado sobre Maria Felipa e outras personalidades
        afrodescendentes que contribuíram para progresso da humanidade.
    
      Missão - Promover a arte
        e a cultura como forma de educação e integração de todas as criaturas,
        independente de raça, credo e naturalidade.
    
      Visão - Ser reconhecida
        como uma Entidade que preserva a memória afrodescendente
        transformando-se em um Centro de Excelência em visitação da Cidade de
        Salvador.
    
  Essas formas de memória também são poderosas e têm o papel de moldar a
    identidade e a história de uma sociedade, tanto quanto qualquer estátua em
    um parque ou documento arquivado em um museu.
  Reconhecer e valorizar essas formas alternativas de registro da memória
    histórica é essencial para uma compreensão mais completa e plural do
    passado, especialmente em um país como o Brasil, onde as narrativas de
    resistência e luta de povos indígenas, negros e outros grupos marginalizados
    nem sempre recebem o devido destaque nas narrativas oficiais.
      O desfecho de sua história, como de muitas figuras populares e negras da
      história brasileira, permanece envolto em certa obscuridade. 
Embora sua
      memória tenha sido resgatada e ela seja celebrada como símbolo de
      resistência, a trajetória pessoal de Maria Felipa após a independência não
      é amplamente documentada. 
    
    
      No entanto, sua contribuição é inegável e sua figura continua a inspirar a
      valorização do papel de mulheres negras na construção do Brasil.
    
    
 
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