Joana Angélica, a freira heroína
Joana Angélica de Jesus, foi uma religiosa
concepcionista
baiana, pertencente à Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e
mártir da Independência brasileira.
Nascida durante o período colonial, morreu aos 60 anos atingida por um golpe de baioneta quando resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador.
Tornou-se assim, a primeira heroína da independência do Brasil. A freira
ficou conhecida como a autora da famosa frase: “Para trás, bandidos!
O Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador, era o mais antigo fundado no Brasil, e servia como local de recolhimento para mulheres consideradas “de má fama”, solteiras ou casadas, geralmente enclausuradas por pais e maridos que, ou não queriam deixá-las sozinhas, ou achavam que mereciam alguma punição.
A sólida construção colonial, ainda hoje existente na capital baiana, o
Convento da Lapa compõe-se de uma clausura, cuja principal entrada é
guarnecida por um portão de ferro.
Entrada principal do convento
Um grupo de soldados tentavam entrar pelo portão enquanto Joana Angélica ordenava que às irmãs fugissem pelos fundos. A fim de proteger a clausura e integridade das irmãs, a Sóror se colocou como último obstáculo entre o convento e a tropa lusitana.
Os soldados das forças portuguesas imaginaram que ali os fugitivos se escondiam.
Ao arrombarem o portão, Joana Angélica surgiu de novo à frente para impedir que invadissem o interior. Um dos soldados deferiu-lhe um golpe de baioneta no ventre, e a madre caiu ensanguentada. Não resistiu ao ferimento, vindo a falecer no dia seguinte.
E conta a tradição, que então exclamou:
“Para trás, bandidos. Respeitem a casa de Deus. Recuai, só penetrareis
nesta casa passando por sobre o meu cadáver.”
No entanto, uma extensa pesquisa realizada em inúmeros arquivos pelo país, conduzida pela pesquisadora Antônia da Silva Santos durante dez anos, nenhum documento prova que a Sóror disse isso de fato.
No entanto, uma extensa pesquisa realizada em inúmeros arquivos pelo país, conduzida pela pesquisadora Antônia da Silva Santos durante dez anos, nenhum documento prova que a Sóror disse isso de fato.
Independência do Brasil na Bahia
Ataque ao convento
Reza a tradição e afirmam todos os documentos da época que, de todos os
fatos lutuosos dos tormentosos dias 19 e 20 de fevereiro de 1822, nenhum
impressionou mais fundo a alma da Bahia do que o selvagem ataque dos
soldados contra o indefeso Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, onde morreu nobremente a
primeira heroína da epopeia da Independência,
Madre Joana Angélica.
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana, data marcante num contexto de rompimentos entre a América Portuguesa com a Metrópole.
Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana, data marcante num contexto de rompimentos entre a América Portuguesa com a Metrópole.
Em 2 de julho de 1936, o Diário da Bahia também publicou uma homenagem ao
martírio de Joana Angélica, ocupando uma página inteira da edição.
Denominada "Soror Joanna Angélica - A primeira mártir da Independência ", a
reportagem reconta a história do ataque ao convento e dá detalhes sobre a
vida da freira.
Em 20 de fevereiro de 1922 o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
comemorou o primeiro Centenário do martírio da Madre Joanna Angélica de
Jesus. Como a escultura de Eduardo Sá, 1923.
Em 26 de julho de 2018 foi declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal nº 13.697, tendo seu nome inscrito no "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", que se encontra no "Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves", situado em Brasília, Distrito Federal.
Em 26 de julho de 2018 foi declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal nº 13.697, tendo seu nome inscrito no "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", que se encontra no "Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves", situado em Brasília, Distrito Federal.
Frases e Pensamentos de Joana Angélica
"Eu me machuco toda por dentro,
talvez pelo fato de sentir muito, mais eu vou aprender a me resguardar mais para mim,
esperar menos das pessoas talvez seja a minha melhor alternativa."
Joana Angélica
"Na verdade tudo tem sua hora,
não ultrapasse as etapas que cada momento por mais simples que seja tem seu
valor,
não salte alto demais que você pode cair, vai na medida certa e com calma,
pense positivo que mais cedo ou mais tarde sua vez vai chegar, basta você acreditar,
todo sonho tem vida e cor, apenas faça por onde que um dia suas metas serão concretizadas."
Joana Angélica
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